REDES

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

DOIS POETAS -UM DA PALAVRA OUTRO DA AÇÃO- MARIO QUINTANA E PAULO ROBERTO FALCÃO



A poesia é para comer-N. CORREA PORTUGAL

Asim é a poesia da ação do poeta Falcão- dois poetas Quintana e ele.

LEIA O TEXRO EXTRAÍDO DO X


POR TODA ETERNIDADE - #tbt em homenagem ao grande Paulo Roberto Falcão. Ele é mesmo uma pessoal muuuito especial. "Porto Alegre, 1983 - O Hotel Majestic colocou Mário Quintana no olho da rua. A miséria havia chegado absoluta ao universo do poeta. Mário não se casou e não tinha filhos. Estava só, falido, desesperançoso e sem ter para onde ir. O porteiro do hotel, jogou na calçada um agasalho de Mário, que tinha ficado no quarto, e disse com frieza: - Toma, velho! Derrotado, recitou ao porteiro: - A poesia não se entrega a quem a define. Mário estava só. Absolutamente só. Onde estavam os passarinhos? A sarjeta aguardava o ancião. Alguém como Mário Quintana jogado à própria sorte! Paulo Roberto Falcão, que jogava na Roma, à época, estava de férias em sua cidade natal e soube do acontecido. Imediatamente se dirigiu ao hotel e observou aquela cena absurda. Triste, Mário chorava. O craque estacionou seu carro, caminhou até o poeta e indagou: - Sr. Quintana, o que está acontecendo? Mário ergueu os olhos e enxugou as lágrimas - daquelas que insistem em povoar os olhos dos poetas - e, reconhecendo o craque, lhe disse: - Quisera não fossem lágrimas, quisera eu não fosse um poeta, quisera ouvisse os conselhos de minha mãe e fosse engenheiro, médico, professor. Ninguém vive de comer poesia. Mário explicou a Falcão que todo seu dinheiro acabara, que tudo o que possuía não era suficiente para pagar sequer uma diária do hotel. Seus bens se resumiam apenas às malas depositadas na calçada. De súbito, Falcão colocou a bagagem em seu carro, no mais completo silêncio. E, em silencio, abriu a porta para Mario e o convidou a sentar-se no banco do carona. Manobrou e estacionou na garagem de um outro hotel, o pomposo Royal. Desceu as malas. Chamou o gerente e lhe disse: - O Sr. Quintana agora é meu hóspede! Por quanto tempo, Sr. Falcão? - indagou o funcionário. O jogador observou o olhar tímido e surpreso do poeta e, enquanto o abraçava, comovido, respondeu: - POR TODA ETERNIDADE. O Hotel Royal pertencia ao jogador! O poeta faleceu em 1994. Por isso sou fã desse ex jogador!! POR TODA ETERNIDADE (Edmilson Silva/Quora)




Nenhum comentário: