O governador Gavin Newsom e o presidente Donald Trump conversaram por mais de 40 minutos na noite de sexta-feira, após o início das manifestações em Los Angeles, após batidas policiais federais de imigração. Embora tenha havido alguns confrontos na sexta-feira entre as autoridades federais e os manifestantes, Newsom enfatizou a Trump que a situação estava sob controle e que não havia necessidade de Trump acionar as tropas da Guarda Nacional da Califórnia, de acordo com uma pessoa familiarizada com a conversa. Normalmente, se recursos adicionais da polícia forem necessários para responder aos protestos, as jurisdições locais podem trabalhar por meio do condado e do estado para obter apoio imediato — mas isso não foi necessário até o momento.
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Deputado volta a chamar Marina Silva de ‘adestrada’, e ministra reage: ‘...
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quinta-feira, 26 de junho de 2025
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segunda-feira, 23 de junho de 2025
Democratas e republicanos questionam legalidade do ataque ao Irã e avaliam impeachment de Trump- por DCM
Trump confirma o ataque ao Irã, no mesmo local da Casa Branca onde Barack Obama havia anunciado a morte de
Osama bin Laden em 2011. Imagem: Carlos Barria/Reuters
Mesmo depois do leite derramado, ainda o poder legislativo dos USA fará algo?
Mesmo com a divisão de apoio a Trump entre republicanos se conseguirá votos suficientes para o Impeachement do Trump?
Se houver um impeachement o que altera no tabuleiro global?
Não creio num impeachement daquele senhor, não creio, prefiro crer na ação, por pequena que seja da China, Rússia.
Vamos esperar essa bicharada, que somos, e ver em que vai dar.
A ONU para mim é morta, apenas NADA.
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texto abaixo DCM -https://www.diariodocentrodomundo.com.br/democratas-e-republicanos-questionam-legalidade-do-ataque-ao-ira-e-avaliam-impeachment-de-trump/
A ofensiva militar ordenada por Donald Trump contra instalações nucleares iranianas desencadeou uma onda de críticas dentro do próprio Congresso dos Estados Unidos. Parlamentares democratas e até republicanos aliados do presidente questionam a legalidade da ação, realizada sem consulta prévia ao Legislativo. Com informações da Folha.
O ataque, que destruiu três instalações no Irã, foi executado sem autorização do Congresso, o que reacendeu o debate sobre os limites constitucionais do poder de guerra do presidente. Pela Resolução dos Poderes de Guerra, o chefe do Executivo só pode agir militarmente em três situações: declaração formal de guerra, autorização específica do Congresso ou em resposta a um ataque direto aos EUA — nenhuma delas se aplica ao caso, segundo os críticos ouvidos pelo veículo.
“Isso não é constitucional”, afirmou o deputado republicano Thomas Massie, que apresentou uma resolução bipartidária para impedir novas ações militares sem autorização do Congresso. Warren Davidson, também republicano, alertou para a fragilidade legal da operação: “É difícil conceber uma justificativa que seja constitucional”.
Do lado democrata, a reação foi imediata. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez afirmou que Trump “violou gravemente a Constituição e os poderes de guerra do Congresso”, e defendeu que o ato é passível de impeachment. Para o senador Tim Kaine, o ataque foi “uma guerra ofensiva por escolha”, e ele promete pressionar o Senado por uma votação que limite futuras ações do Executivo.

Mesmo o senador independente Bernie Sanders, em discurso no fim de semana, criticou a decisão: “A única entidade que pode levar este país à guerra é o Congresso dos EUA. O presidente não tem esse direito”, declarou, sob gritos de “sem mais guerra!” da plateia.
Apesar das críticas, o governo argumenta que líderes das duas Casas — Mike Johnson, da Câmara, e John Thune, do Senado — foram avisados pouco antes da operação, mas democratas afirmam ter sido informados apenas de forma lateral.
No domingo (22), o vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Estado Marco Rubio tentaram minimizar a crise, dizendo que os EUA não estão em guerra com o Irã. Mesmo assim, Trump já ameaçou novos ataques caso Teerã não aceite negociar a paz.
A decisão surpreendeu até setores conservadores que tradicionalmente apoiam Trump. Figuras como Steve Bannon e Tucker Carlson, vozes influentes da direita americana, expressaram preocupação com o envolvimento direto dos EUA em mais um conflito no Oriente Médio — justamente o tipo de intervenção que Trump prometia evitar.
O ataque ocorre em meio ao recesso do Congresso, o que aumentou a insatisfação entre os parlamentares. “Francamente, deveríamos ter debatido isso”, disse Massie. Segundo o site Axios, Trump chegou a pressionar aliados para tentar destituir o congressista após as críticas.
A ofensiva contra o Irã pode ter consequências militares e políticas — e reacende um antigo embate institucional nos Estados Unidos: o limite entre a autoridade do presidente e os poderes do Congresso para declarar guerra.
domingo, 22 de junho de 2025
Irã dá primeiras respostas após Trump bombardear instalações nucleares no país-- por FORUM
https://bit.ly/4ndxBoU
AINDA RESTAM MUITOS MISTÉRIOS DE UM LADO E DO OUTRO.
O CANALHA FASCISTA americano do norte se acha dono do mundo adiantou-se ao congresso.este poderá pedir seu impeachement como já aludiu a depputada O Cortez
Fiquemos atentos um louco pode iniciar uma grande guerra, no oriente e quiça em parte do mundo.
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A Guarda Revolucionária do Irã se pronunciou pela primeira vez após o anúncio dos ataques estadunidenses contra as instalações nucleares de Fordo, Isfahan e Natanz.
Segundo o grupo militar, "este é apenas o começo da guerra".
A agência iraniana Fars confirma que parte das instalações nucleares iranianas em Fordow foram atingidas.
A estatal de televisão e rádio IRIB noticiou que todas as instalações nucleares foram evacuadas preventivamente e que todo o estoque de urânio dos locais já estão em outros locais e afirmam que não há chance de vazamento de radiação.
"Três usinas nucleares, incluindo Fordo, foram evacuadas há algum tempo, e nossos estoques de urânio enriquecido foram transferidos desses locais. Não há risco de vazamento de radiação", informou a emissora.
O canal estadunidense CNN afirma que o presidente Donald Trump não planeja mais ataques contra o Irã nos próximos dias.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
VIEMOS POR ELLA E VAMOS POR ELA KICILOF - CRISTINA FERNANDEZ DE KIRCHNER ARGENTINA C5N HOY 15;00 VIDEO
ARGENTINA OFERECE EXEMPLO DE APOIO A CRISTINA FACE LAWFARE E CORRUPCION DE MILEI E Patrícia Bullrich, BEM COMO JUIZES CORRUPTOS.
500 MIL, MEIO MILHÃO NA PRAÇA DE MAIO E NO APARTAMENTO DA FILHA DE CRISTINA NO BAIRRO DE CONSTITUIÇÃO
BRASIL DESDE NORTE SUL, LESTE OSETE COM CFK.
ELPUEBLO HABLA!
terça-feira, 17 de junho de 2025
A DITADURA DOS SEM CARÁTER E PERVERSOS -Conversas com Hildegard Angel - Dulce Pandolfi e o horror da tortura no ...
domingo, 15 de junho de 2025
CORPO, MAR E FACA - POESIA - PAULO VASCONCELOS -LIVRO KINDLE -AMAZON
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** MEUS AGRADECIMENTOS ESPECIAIS AO DR. ALDO AMBRÓZIO QUE ORGANIZOU JUNTO AO DR. FRANCISCO E O PRIMEIRO ARRENDONDOU A DIAGRAMAÇÃO EDITORIAL NO FORMARTO KINDLE- E FEZ ALGUMAS EDITORIAS POR TÍTULOS, OBRIGADO DE CORAÇÃO.
Ao ler os originais deste
novo livro do poeta Paulo Vasconcelos, deparei-me em quatro momentos com o
verbo “assoletrar”, que me chamou a atenção por coincidir com uma linha que
vislumbrei, recentemente, no trabalho com a palavra. Em Paulo Vasconcelos, o
fazer poético é antes de tudo uma soletração da falta.
Corpo,
Mar e Faca têm como temática o potencial diálogo do
poeta consigo mesmo e com o outro, numa relação de alteridade ora conflitiva,
ora em “fusão”, e com um Outro, que não responde, uma instância maior diante da
qual se desenha (não sem raiva e fúria) silêncio e solidão.
Há
o sentimento subjacente de devastação ou da inutilidade de tudo, até mesmo de
Deus. Crueza e aspereza, corpo de desejo ardendo em intensidade selvagem e
visceral, e um repúdio por vezes expresso com as imprecações de quem conhece o
veneno destilado da boca da lacraia. Cenário humano cruel, descrito com
pinceladas fortes: “feras em delírio de humanidades”. Um Augusto dos Anjos, em
estilo contido, pulsa aqui. Um anjo pelo avesso, talvez, e com certeza ferido
em algum momento pelo excesso de luz. Um anjo a quem coube um corpo que se
soletra como “corpo de palavras esfaqueadas!”
Este corpo
é terra
alumiada em sangue
como pedra
diluída.
Há uma faca cortante atravessada entre o
corpo de gozo ou corpo de dor e o mar, promessa de expansão. É possível sentir
ou pressentir um “mar à vista”, que logo se revela ausente, distante e não
oceânico, mesmo assim um mar misterioso.
O mar é o
mar como um açude,
ou lago
vazio,
o mar é
poema que inventaste
para a
envergadura do que não sabes nem alcanças.
O mar é o
distante
em volume e
peso,
como a
semente tua
que nunca
saberás onde foi perdida
e ou
deixada.
O mar é
negro e louro,
tem cheiros
de ti do teu sal
que todo os
dias deixas
no teu
percurso que não acompanhas.
O mar és tu
também.
“O
sertão está nos mares e os mares são áridos, secos e cegos”. A poesia em Paulo
Vasconcelos tem elementos telúricos, de uma terra que é viço e paixão, mas
também pandêmica, buraco negro e luto. E para além da terra o céu é conclamado,
mas na falta absoluta de resposta a natureza o acode e o poeta se esbalda de
água. Se o batismo não vem pelo fogo, os pregos do castigo não sinalizam
redenção e só a água o redime.
Deus não
veio a mim,
e fui a
oráculos todos e reclamei,
mas os
ventos solaparam minhas preces
e
mostrou-me ajoelhado sobre pregos que não sabia,
a
tempestade veio e aliviou-me das chagas,
brindei com
a língua os solapos das águas passantes das chuvas
e confundi-me
com elas,
a água sou
eu.
O
universo poético do autor não é brincadeira, não está para o riso, antes
transita em angústias fronteiriças. Revela-se, ainda, uma forte sensualidade, rasgando a alma e marcando a
pele, sem restrições e sem medos nem peias.
Não me dê o
gênero,
dê-me o
gozo.
Nisto sou
fatal.
Palavra para
que?
Nos poemas
mais recentes, sobretudo, a temática da morte ganha sensível peso, com um toque
de despedida.
Não desdenhes do meu rosto,
pois este, posto sobre a
cama, é outro.
Não apresses minha imagem.
Sou visagem em viagem ao
nada.
Uma
poesia que, na trilha de Aldir Blanc, abre-se ao tempo, sendo esse tempo um
tempo de quem chora, de quem não zomba da dor porque a dor não passa e tem na
palavra um dardo, uma faca, mas também uma fé, que se esconde entre o simulacro
da linguagem e da busca poética como grito e anseio (pelo avesso) de revelação.
(*) Assis Lima é cearense, do Crato. Psiquiatra, poeta e pesquisador
em cultura popular. Mestre em Psicologia Social (USP). Autor do livro Conto
popular e comunidade narrativa (Prêmio Sílvio Romero – Funarte). Organizou o livro Cartas da Juventude – crônica de época, recortes autoetnográficos (1968-1977). Autor de Poemas
Arcanos, Marco Misterioso e Chão e Sonho, Terras de aluvião, Poemas de
riso e siso, O código íntimo das coisas e Breviário.
GENOCÍDIO E A CUMPLICIDADE DE OUTROS PAISES- FORA ISRAEL- NO IRÃ OS CANALHAS DA ANTIGA FAMÍLIA REAL
!A consequência daqueles que destroem e matam de forma genocida o povo palestino é a fotografia de Tel Aviv, junho de 2025. Uma colônia europeia na Palestina ocupada. Fundada em 1909 por colonos judeus nos arredores da cidade portuária árabe de Jafa, uma das mais antigas do mundo, e incorporada a Tel Aviv em 1950 após a fundação de Israel, em 1948. O preço pago por exercer o genocídio ao povo palestino"
POR JORNALISTAS LIVRES.
Agora Israel se diz vítima, masele é u estado imperialista,monstruoso e um novo "estado nazista, que ironia".
A sensação lá pelos habitantes é contraditória , alguns dizem vida normal, outras sentem-se tensos, angustiados, tomando calmantes.
Diga-se ainda que nem todos israelistas são a favor do monstro- primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O Espaço aéreo esta fechado, e, por isto, os prefeitos bolsonaristas estão interditados em bunkers:
Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa;
Álvaro Damião (União), prefeito de Belo Horizonte;
Johnny Maycon Cordeiro Ribeiro (PL), prefeito de Nova Friburgo (RJ);
Welberth Rezende (Cidadania), prefeito de Macaé (RJ)… -
Achando pouco a realeza infame do IRÃ:
sexta-feira, 13 de junho de 2025
Redes sociais e subjetividade: o sujeito mecanizado no ecossistema digital por NODAL
Por Paula Giménez e Matías Caciabue *
tradução google
Hoje, as mídias sociais deixaram de ser meras ferramentas de entretenimento e socialização para se tornarem verdadeiros instrumentos estratégicos da chamada Quarta Revolução Industrial. Disputas fundamentais estão sendo travadas sobre elas, não apenas pela captura de dados e informações, mas também pela atenção e subjetividade de seus supostos usuários.
Assim, consolidam-se como mecanismos centrais de poder na competição entre capitais, tanto na produção de valor quanto no controle das formas de subjetivação. Mas seu alcance vai além: ao mediar nossa relação com o mundo, essas plataformas participam diretamente da produção de sentido, moldando imaginários, desejos e crenças que, na maioria dos casos, são capturados por propostas tecnocapitalistas e pós-humanistas, cujo horizonte é a consagração da Inteligência Artificial como divindade teológica fundamental.
Hoje, mais de 5 bilhões de pessoas — 63,9% da população mundial — usam as mídias sociais, o que reflete o papel central que essas plataformas desempenham em nosso cotidiano. Como ferramentas tecnológicas, elas representam apenas um elo na rede mais ampla de dispositivos que moldam os processos de digitalização e virtualização de todos os aspectos da vida social.
No entanto, uma análise rigorosa de sua consolidação e expansão em nível global oferece uma ferramenta fundamental para compreender como a disputa entre capitais se manifesta hoje: uma luta que não se trava mais apenas em territórios tradicionais, mas incorpora novos elementos por meio de fluxos de informação, algoritmos e formas de intervenção na subjetividade.
Globalmente, podemos observar como as principais plataformas digitais dividem o território virtual segundo uma lógica que expressa a principal contradição, o que chamamos de "The G2 Showdown", e que pode ser definida como uma guerra em rede entre os atores financeiros e tecnológicos dos Estados Unidos, da China e seus desdobramentos institucionais e iniciativas estratégicas de alcance global. Assim, em ambos os campos, estruturam-se redes digitais que penetram e impactam o tecido social, reorganizando a vida cotidiana, a economia, a comunicação e o poder em escala global.
Entre as plataformas de mídia social mais utilizadas globalmente, predominam aquelas que fazem parte do ecossistema tecnológico americano, conhecidas como GAFAM ou "os sete magníficos", uma referência aos gigantes do Vale do Silício. Nesse cenário, o Meta detém a liderança indiscutível, com o Facebook alcançando 3,07 bilhões de usuários e o WhatsApp e o Instagram ultrapassando 2 bilhões cada. Soma-se a isso o YouTube, de propriedade da Alphabet (Google), com mais de 2,5 bilhões de usuários ativos. Vale destacar que, de acordo com o último relatório da We Are Social e da Meltwater, essas plataformas não só lideram o ranking global em número de usuários, mas também em termos de alta penetração em diversos países do mundo.
Essas redes sociais têm suas contrapartes na China, onde, embora seu alcance global seja mais limitado, sua implementação massiva no país as posiciona como participantes-chave em termos de base de usuários. Nesse sentido, as redes sociais chinesas fazem parte do esquema BATHX, composto por gigantes da tecnologia como Tencent e Alibaba, que mantêm participações significativas nesses tipos de plataformas. A Tencent, por exemplo, está por trás do WeChat — com 1,343 bilhão de usuários — e do Kuaishou — com 714 milhões — enquanto o Alibaba detém participações significativas no Weibo, que tem cerca de 590 milhões de usuários. Enquanto isso, a ByteDance, outra participante-chave no ecossistema de tecnologia chinês, é a empresa por trás do Douyin, a versão local do TikTok, cuja versão internacional tem 1,5 bilhão de usuários globalmente.
As mídias sociais também funcionam como verdadeiros dispositivos de poder, mesmo no sentido mais básico. A Truth Social, lançada em fevereiro de 2022 após as contas de Trump no Twitter e no Facebook terem sido suspensas pelo Trump Media & Technology Group (TMTG), funciona como um centro de comando digital para o discurso neoconservador, de onde são lançados slogans, promovida desinformação e discurso de ódio racista ou transfóbico. A partir daí, Trump articula e mobiliza sua base, usando-a como ferramenta política e de comunicação para gerar eventos políticos. E, segundo a Forbes, também é sua principal fonte de renda: de um patrimônio líquido total de US$ 5,1 bilhões, a empresa controladora da Truth Social responde por US$ 2,6 bilhões.
Esta é a abordagem da "Cortina de Silício" sobre a qual Yuval Harari alerta, em relação à divisão do mundo digital, assim como a cortina de aço fez durante a Guerra Fria. Uma infraestrutura geopolítica eficaz que molda a subjetividade, segmenta a informação e define o acesso ao conhecimento sob a lógica do controle corporativo.
Tempo produtivo disfarçado de lazer
Em termos de produção de valor, é importante considerar que o tempo que passamos nessas plataformas não é neutro: é tempo produtivo, gerando dados que são então processados e alavancados para desenvolver novos meios de produção. Nesse cenário, o TikTok lidera a lista com quase 35 horas por usuário por mês, seguido pelo YouTube (27 horas), Facebook (17 horas) e Instagram e WhatsApp (ambos com 16 horas). Em média, uma pessoa passa mais de 8 horas por dia conectada à internet, das quais mais de 2 horas e 20 minutos são gastos usando as mídias sociais — ou seja, mais de 60 horas por mês. Isso dá origem a uma nova forma de tempo produtivo que se justapõe à jornada de trabalho tradicional. Esta é uma profunda transformação cultural: o tempo social disponível é capturado pelas plataformas e colocado a serviço da valorização do capital.
Por outro lado, as plataformas de mídia social desempenham um papel fundamental como dispositivos de produção de subjetividade. Por meio de algoritmos de criação de perfis, sistemas de recompensas variáveis e intermitentes, técnicas de neuromarketing e mecanismos de gamificação, elas constroem bolhas afetivas e nichos de significado que segmentam os usuários não apenas por interesses, mas também por padrões de comportamento e predisposição ao consumo.
Nesse contexto, a plataforma de mídia social funciona como uma ferramenta de soft power, de dominação emocional e ideológica, capaz de moldar agendas, estabelecer discursos, obscurecer resistências e capturar desejos. Poderíamos dizer que os mecanismos de produção de hegemonia agora se realizam em tempo real, por meio de loops algorítmicos, feedback automatizado e cutucadas cognitivas na "teoria da cutucada". Em outras palavras, as plataformas não apenas "distribuim informação", elas produzem realidade.
A esses mecanismos, soma-se a aplicação de novas ferramentas de inteligência artificial, que permitem maior segmentação e dependência por meio dos chamados assistentes digitais, bem como a tendência dessas plataformas incorporarem novas funcionalidades (como serviços de pagamento, e-commerce etc.) para a construção dos chamados "superaplicativos". Essa integração não é coincidência: responde a uma lógica estratégica do capital tecnológico que busca concentrar dados, maximizar o tempo de permanência e construir ambientes de fidelidade total, onde cada clique, cada rolagem, cada pausa é registrado, processado e traduzido em padrões algorítmicos para otimizar o desempenho. A subjetividade torna-se, assim, uma variável regida por métricas, e a experiência pessoal é padronizada em formatos replicáveis, reproduzíveis e vendáveis.
Nesta nova fase do capitalismo digital-financeiro, assistimos a um fenômeno paradoxal: quanto mais interconectados estamos, mais fragmentados nos tornamos. As plataformas prometem comunidade, mas produzem isolamento; oferecem expressão, mas induzem homogeneidade; estimulam a participação, mas programam comportamentos. A virtualidade torna-se, assim, a matéria-prima que nos une na dispersão, combinando nossa atividade econômica e segmentando nossa capacidade política.
O resultado é o estabelecimento da solidão como condição humana primária em nossas sociedades contemporâneas. Esse processo fomenta a disseminação de ideologias que colocam o indivíduo em seu cerne, promovendo uma visão do sujeito como uma entidade autônoma, competitiva e autossuficiente, desvinculada de qualquer forma de comunidade, e obscurecendo os mecanismos de exploração e dominação aos quais estamos expostos.
Imersa nos fluxos da imediatez virtual e sob o controle rigoroso de computadores algorítmicos, essa nova fase do capital mecaniza o homem ao mesmo tempo em que humaniza a máquina, reduzindo o sujeito a um nó funcional dentro de um sistema que otimiza seu desempenho e define um significado histórico intransponível para sua existência. Nas palavras de Eric Sadin, vivemos em uma era de pós-humanismo exacerbado, onde florescem propostas tecnocapitalistas, como as promovidas por figuras como Elon Musk ou pensadores como Nick Land. Elas concebem o desenvolvimento tecnológico como um destino inevitável e linear e elevam a Inteligência Artificial à categoria de uma espécie de "Deus Digital", capaz de superar, substituir e até mesmo prescindir do ser humano.
Neste contexto de disputas sobre a ordem e a configuração do mundo capitalista, a promoção de projetos emancipatórios capazes de reapropriar dispositivos tecnológicos e colocá-los a serviço da construção comunitária torna-se mais urgente do que nunca. Diante da lógica que transforma os seres humanos em meros veículos de interesses privados e tende a subumanizar a humanidade em uma espécie de animalidade programada algoritmicamente, é essencial reafirmar seu papel como sujeito de sua própria história, capaz de contestar significados, habitar o mundo digital e utilizar todas as ferramentas da Quarta Revolução Industrial para transformar coletiva e beneficamente um presente de desigualdade e sofrimento.
Giménez é formada em Psicologia e possui mestrado em Segurança Nacional e Defesa e em Segurança Internacional e Estudos Estratégicos. Ela é diretora da NODAL. Caciabue é formada em Ciência Política e ex-Secretária-Geral da Universidade da Defesa Nacional (UNDEF) na Argentina. Ambos são pesquisadores do Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE).
quarta-feira, 11 de junho de 2025
LAWFARE DE MORO E SUA GANGUE EN ARGENTINA Cristina Kirchner repudió el fallo de la Corte -
domingo, 8 de junho de 2025
TRUMP RAIVOSO COM GOVERNO DA CALIFÓRNIA MANDA HOMENS E ARMAS
Trump ordena que Guarda Nacional vá a Los Angeles após batidas de imigração desencadearem protestos

Acompanhe o segundo mandato de Trump
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A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) opinou sobre a decisão de Trump de federalizar as tropas da Guarda Nacional, classificando-a como um abuso de poder inflamatório. "Ao tomar essa atitude, o governo Trump está colocando os moradores de Los Angeles em perigo, criando riscos legais e éticos para as tropas e minando irresponsavelmente nosso princípio democrático fundamental de que as Forças Armadas não devem policiar civis", disse Hina Shamsi , diretora do Projeto de Segurança Nacional da ACLU.
A Guarda Nacional ainda não foi mobilizada para os locais de protestos no Condado de Los Angeles, de acordo com o departamento do xerife. "Fomos informados de que a Guarda Nacional foi mobilizada, mas eles ainda não estão no local ou no terreno", disse a xerife adjunta Tracy Koerner por volta da 1h45, horário local. Mais cedo no domingo, a prefeita Karen Bass disse que a Guarda Nacional não havia sido mobilizada para os limites da cidade.
O Departamento de Polícia de Los Angeles informou à meia-noite que deteve "várias" pessoas que invadiram uma área próxima ao Centro de Detenção Metropolitano da cidade, onde a agência havia declarado uma "aglomeração ilegal". "Os detidos serão presos e autuados por não se dispersarem", informou a polícia nas redes sociais . Mais cedo, a polícia havia informado que um trecho da Rua Alameda estava fechado para o tráfego de veículos e pedestres.

Uma grande presença policial permaneceu no final do sábado nos arredores do centro da cidade, onde manifestantes haviam se reunido em frente ao Edifício Federal Edward R. Roybal e a um centro de detenção adjacente, administrado pelo Departamento de Imigração e Alfândega. Neste último, eles soltaram fogos de artifício. Por volta das 23h, uma fila de viaturas policiais passou pela área, com as luzes piscando e as sirenes ligadas. Quando pareciam estar indo embora, várias dezenas de manifestantes restantes vaiaram.