Depois do que aborda o professor Dunker, não tem muito a falar, todavia acrescente-se:
Que:esses bebês em sua larga produção, desde o sec. passado na Europa e USA já estavam disponíveis, ora atracaram aqui no Brasil, todavia sublinhe-se que não tem nem 30% de bonecas negras-pretas. a sua maioria são brancas de olhos claros.
É um brinquedo do adulto numa alucinação desconstrutiva do sujeito, mas uma vez, a tecnologia segue a bestialidade do humano.
Duvido que as crianças creiam nisto, apenas dirá que é um brincar com um objeto, e que por momentos pode parecer real, mas nas enquetes e pesquisas a criança , numa certa idade, não crê que o brinquedo seja real.
O ADULTO INFANTILIZANDO-SE, COMPENSANDO SUA FALTA?
A igreja, bem antes, destacadamente a era cristã romana, já fazia esta troca do real e simbólico, aliás seu grande marketing era confundir para fazer crer no DEUS para além dos aléns, para isto desde a cruz, imagens de santinhos, até as imagens de presépios, manjedoura foram basilares para a crença do cristianismo.Daí que os santos eram eficazes em sua representação bi e tridimensional- imagens de santos e santas e do céu como promessa de uma continuidade de uma vidá após a morte.
Da mesma forma o teatro popular , os autos, foram fundamentais para a confusão entre o real e o simbólico, uma vez que o ator encarnava o corpo na ficção.
Philipe Ariés - in História Social da infância, nos aponta que a igreja junta-se a Medicina para adentrar o cuidado com o corpo- a higiene ,as vacinas e remédios, outrora, para imortalizar. como desculpa esfarrapada, o pequenino que morria era como anjo que iria para o céu e seria nosso procurador lá.Daí as fotografias de crianças mortas em caixão pequeno no Brasil eram bastante populares, senão ainda hoje nos confins deste país.Contudo a medicina só vingou,se é que sim, com a parceria da igreja pela boca dos seus pastores, e establizando o santo e o real.
Na pespectiva da Psicanálise, Freud já abordara o brinquedo, caso do carretel, e a simulação do corpo materno como continuidade do barbante.Sua filha, Ana Freud e Melanie Klein fizeram uso do brinquedo de toda sorte e desenho dos corpos para fazer a aliança com a criança, face o não vasto aparato da linguagem e daí a ludoterapia.
Freud .or sua vez focou o fetiche, adentrando na linha entre entre o real e simbólico, em que aquele- o fetiche seria uma espécie de mecanismo compensador da fragilização do sistema pulsional, daí transfere-se para o objeto como uma compensação ou tavez uma sublimação .
Mesmo no século xix com Freud tomando o foco do fetiche este foi inicialmente visto ,antes,sec xviii pela Antropologia, segundo Roudinesco e Plon no Dicionário da Psicanálise, contudo Freud buscou determinar ou cercar melhor tal conceito dentro dos seus parâmetros teóricos- do inconsciente, assim da relação do outro e o objeto.Mais tarde Lacan retomará este fato - o eu e o outro, foco crucial em seus aportes teóricos epistêmicos.
Para Lacan o real só é possível via o simbólico ,logo estamos sobre a régua de um imaginário que se não beira ou entra contorna a perversão ou se aproxima da mesma.
No caso em pauta- o bebê renascido- b. reborn, é uma fantamagoria, coisa que também se verifica de algums modos como: desde o nascimento a mãe ou aquele que carrega no útero fabrica uma fantasmagoria e ao nascer o mesmo, o bebê continua no processo fastasmagórico, onde o nome é uma pintura daquele fantasma e por aí vai.De outro modo,ou comtemplando um outro olhar a mãe e ou o pai toma o bebê como um brinquedo encerando naquele- o humano-bebê, suas querências, desejos, propósitos e sobre este embate prospera o processo de sujetivação do sujeito-uma luta difícil, um equilibrista.
Fechando
Baudrillard já apontava no século passado a disneisização - DISNEYLÂNDIA do adulto, e que agora estamos engessados na mesma disney da IA e estamos presos,
Detalhes-Já existe briga para a portadora da tal boneca em carrinhos de bebês de ter direito classe preferencial em filas de compras e outros, afora solicitar atendimento ao SUS, a médicos particulares e até batismo.
Por que estas não adotam crianças em abandono? Porque elas sabem que o humano é trabalhoso na sua criação/educação,logo é ciente do confronto do eu e do outro e no reborn não há entrave , há da bestialização do humano.
Na vida trocamos o simbólico pelo real, face que segundo Lacan, como anteriormente já falamos, o real é impossível, mas só pelo simbólico nos aproximamos do real possível,por exemplo, no sexo, na pornografia ou no imaginário já trocamos o imaginário pelo real.. modos operandi da atividade sexual, masturbação, ou mesmo o ato ou com.bonecas, etc...
O fato é que estamos nos infantilizando, somos coisa que se imiscue com outro objeto/coisa, também fato já pensado por Baudrillard não só no complexo do Simulacro, como advindo deste nos infantilizando, portanto cambiando a ordem dos valores na força do consumo do neoliberalismo.
Bom, o foco de tais bebês é complexo, vasto e tudo fica a mercê de caso a caso. Aqui são pequenas considerações primárias.
* Este texto expande-se a partir de outro texto publicado num outro blog -IMAGINÁRIO CRIAR E PENSAR- também de minha criação https://bit.ly/4k0hBVg
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