sexta-feira, 23 de maio de 2025

UM OLHO FOTOGRÁFICO SE FECHA E MORRE O POETA DA IMAGEM: SEBASTIÃO SALGADO 1944-2025

 

                                             foto reprodução DCM-https://bit.ly/3FvdAsV

O poeta é aquele que busca numa dada linguagem expor o indizível.Assim foi Salgado, um mineiro, mas antes de tudo um Brasleiro, marcado pela malária que levou-o á morte dado as suas sequelas colaterias.

Denunciou a vida  , morte  e escravidão do homem no planeta terra.

Cantava  ao fotografar, diz-nos Fernando Meireles  , cineasta  amigo daquele e produtor do Sal da terra-Sel de la Terre -de Juliano Salgado-seu filho e Win Wenders, tal documentário foi indicado ao Oscar  2015, não levou-o, mas foi  ganhador do prêmio italiano CESAR.

Sebastião Salgado, casado com sua companheira Lelia D W.Salgado, foi além de -um poeta das lentes  ,mas da terra, da terra Brasileira, apostando em suas terrar  e cercando-a de cuidados - Instituto Terra, organização ambiental.

O ambientalista residindo na Fraça- Paris vinha com variadas patologias , oque lhe causava incomodos que ele suportava.Dizia  que já estva em tempo de partir.

ABAIXO MATÉRIA DO DCM-https://bit.ly/3FvdAsV


Nesta sexta-feira (23), faleceu aos 81 anos o fotógrafo Sebastião Salgado, maior nome brasileiro da fotografia e um dos mais reconhecidos artistas visuais do mundo. Radicado em Paris, o profissional vinha enfrentando complicações de saúde decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990, durante um de seus trabalhos na Indonésia.

A morte foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental fundada por Salgado e sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado, em publicação nas redes sociais.

A malária, doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Anopheles (conhecido como mosquito-prego), é causada por parasitas do gênero Plasmodium. Seus sintomas incluem febre alta, fraqueza extrema, confusão mental e, em casos graves, risco de morte.

No Brasil, a maioria dos casos ocorre na região amazônica, englobando estados como Amazonas, Pará, Acre, Rondônia e Roraima. Embora o tratamento seja gratuito e eficaz quando iniciado rapidamente, Salgado não recebeu os cuidados adequados na época da infecção, o que levou a complicações duradouras.

O fotógrafo desenvolveu um distúrbio sanguíneo crônico relacionado à doença, provavelmente uma anemia grave, condição que reduz os glóbulos vermelhos saudáveis e compromete o transporte de oxigênio no corpo.

Sebastião Salgado, que morreu nesta sexta-feira, foi homenageado por Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Em entrevista ao The Guardian em 2024, Salgado admitiu que suas limitações físicas o levaram a se aposentar. “Meu corpo já não aguenta mais. Foram muitos anos trabalhando em lugares extremos. Sei que não viverei muito mais. Mas não quero viver muito mais. Já vivi tanto e vi tantas coisas”, declarou.

O infectologista Marcelo Neubauer, de São Paulo, explicou ao Metrópoles que a malária pode deixar sequelas permanentes em pacientes que sofreram casos graves.

“Complicações neurológicas, como convulsões, psicose, comprometimento cognitivo e até cegueira, podem ocorrer. Há ainda risco de anemia severa, insuficiência renal e danos hepáticos”, detalhou. Segundo o médico, essas condições podem debilitar o organismo a longo prazo, aumentando a vulnerabilidade a outras doenças.

O fotógrafo Sebastião Salgado durante exposição em Londres, na Inglaterra, sobre seus 50 anos de carreira, em 2024. Foto: Benjamin Cremel/AFP

Quem foi Sebastião Salgado: 

Salgado nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 1944. Formou-se em Economia pela USP e viveu na França, onde se doutorou e começou a carreira de fotógrafo, após deixar a economia. Atuou em mais de 100 países, sempre com foco social e humanitário.

Economista de formação, ele iniciou a carreira na fotografia nos anos 1970 e se destacou por projetos de longo prazo, como Trabalhadores (1993), Êxodos (2000) e Gênesis (2013). “Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade. Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço”, finalizou o petista.

Membro da prestigiosa agência Magnum e cofundador do Instituto Terra — dedicado à recuperação ambiental no Vale do Rio Doce —, Salgado recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira e teve suas obras expostas nos maiores museus do mundo. Deixa um legado de imagens que contam, com força e compaixão, a história humana e planetária.

Em 2015, teve sua trajetória contada no documentário “O Sal da Terra”, dirigido por Wim Wenders e por seu filho, Juliano Salgado. Além da arte fotográfica, sua atuação ambiental por meio do Instituto Terra transformou áreas devastadas em florestas regeneradas. Para Salgado, a fotografia era uma forma de militância, uma maneira de sensibilizar o mundo para a dor, a beleza e a resistência da vida.

Veja fotos históricas de Sebastião Salgado: 

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