Obrigado, Pelé! por 247
Foi um gênio como jogador de futebol. O que não tem nada a ver com a pessoa.
Nada tira dele tudo o que ele nos deu, tudo que ele deu ao futebol, diz Emir
Sader Emir Sader Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e
cientistas políticos brasileiros Por Emir Sader Quem teve a sorte de nascer
nos anos 1940, teve o privilégio de ver toda a carreira do maior jogador de
futebol de todos os tempos. Para quem não teve esse privilégio, parece um
acontecimento entre outros na vida de alguém. Mas para quem gosta de futebol,
foram vivências inesquecíveis na vida de alguém. Para quem viveu essa longa e
maravilhosa carreira, não tem nenhuma dúvida que Pelé foi o melhor jogador de
futebol de todos os tempos. Essas vivências começaram muito cedo na vida dele,
tinha 15 anos, já maravilhava a todos no Santos. Era difícil jogar contra o
time do Pelé, mesmo sendo torcedor do único time que dividia os campeonatos
daqueles tempos - o Palmeiras, time para o qual torço. Não havia como não
reconhecer as jogadas geniais do Pelé. Um jogador que, desde cedo, chutava com
os dois pés com a mesma habilidade. Cabeceava muito alto, mesmo não tendo
grande altura. Driblava como nenhum jogador o fazia. Fez gols geniais,
driblando desde a defesa até o ataque e o gol. Para os brasileiros, logo
tivemos a consagração, com a insuperável atuação dele na Copa da Suécia,
moleque ainda de 17 anos, fazendo jogadas geniais, para qualquer jogador, de
qualquer idade. Depois conduziu o Brasil a ganhar três campeonatos mundiais.
Ele, o único jogador a ganhar três Copas do Mundo: as de 1958, 1962 e 1970.
Felizmente estão aí as antologias das incomparáveis jogadas que ele fez,
inventou, criou, recriou. Senão seria impossível contar a outras gerações as
geniais jogadas dele. Pelé foi o jogador perfeito, por chutar com os dois pés
com a mesma habilidade, por driblar para todos os lados, por lançar para
outros, por fazer tabelinhas mágicas. Quase que reinventou o futebol. Nascemos
e crescemos, por muitas gerações, acostumados a vê-lo, nos estádios e na
televisão. No Brasil e encantando o mundo. Consegui resultados impossíveis com
o seu Santos, derrotando os principais times do mundo, pela seleção
brasileira, fazendo, naquele momento, do Brasil o país do futebol. Foi um
gênio como jogador de futebol. O que não tem nada a ver com a pessoa. Nada
tira dele tudo o que ele nos deu, tudo o que ele deu ao futebol. Recordando de
ver seus jogos, com o outro gênio, o Garrincha, ou com o seu companheiro de
tabelinhas, o Coutinho, ou revendo os filmes da sua carreira, lhe agradecemos
por tudo o que ele fez por nós e pelo futebol. Obrigado, Pelé!
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